Suinocultura

Como o vírus da circovirose suína tipo 2 atua no corpo dos suínos

5 julho 2022

O vírus da circovirose suína tipo 2 é facilmente transmitido a partir do contato com porcos infectados

Causada pelo circovírus suíno tipo 2 (PCV2), a circovirose suína é uma doença extremamente prejudicial ao sistema imunológico dos suínos. Altamente contagiosa e resistente, essa enfermidade pode afetar os suínos em qualquer etapa de suas vidas, mas ataca principalmente após o desmame. Além disso, a manifestação clínica do circovírus pode ocorrer de diferentes maneiras, que vão desde síndromes respiratórias até lesões cutâneas. Saiba mais sobre como funciona a atuação nociva do vírus da circovirose suína tipo 2 no corpo dos animais!

Como ocorre o contágio da circovirose suína 

Com um alto nível de contágio, a circovirose suína pode ser transmitida por via oro-nasal e fecal, sendo a disseminação mais frequente através da rota oro-nasal. Como o PCV2 apresenta grande resistência às condições ambientais e aos desinfetantes convencionais, ele é facilmente transmitido a partir do contato direto ou indireto com suínos infectados, ou equipamentos e instalações contaminados.

O vírus da circovirose suína causa lesões no tecido linfóide do suíno

Após a contaminação, o PCV2 tende a infectar as células linfóides e prejudicar o tecido linfóide do suíno ao causar lesões severas. Essa atuação do vírus acaba também por favorecer a ação de outros patógenos e ocasionar infecções simultâneas, sendo a mais comum a infecção pelo vírus da influenza suína. O resultado dessa imunossupressão são diversas manifestações clínicas nocivas à saúde do animal.

Vírus da circovirose suína tipo 2 pode ocasionar retardo no crescimento do animal

Um dos sinais clínicos mais comuns da circovirose suína é a síndrome multissistêmica do definhamento suíno, também conhecida como síndrome da refugagem multissistêmica. Ela atinge os suínos logo depois do desmame, entre a 6° e 12° semana de vida. Seu principal sintoma é o retardo perceptível no crescimento dos animais afetados pelo vírus, que tendem a perder peso de modo progressivo, ficando fora do tamanho padrão para a idade.

Lesões cutâneas e renais são sinais clínicos da circovirose suína 

O vírus da circovirose suína tipo 2 também pode resultar na síndrome da dermatite e nefropatia suína, que geralmente ocorre em suínos que possuem entre 8 e 18 semanas de vida. Essa enfermidade se caracteriza pelo surgimento de lesões cutâneas e manchas vermelhas no animal, normalmente na região das orelhas, abdômen, períneo e pernas. Outra manifestação clínica é a alteração na estrutura dos rins, que aumentam de volume e apresentam petéquias no córtex renal.

Problemas respiratórios também são sintomas da circovirose suína tipo 2

Os suínos afetados pelo o vírus da circovirose suína tipo 2 também podem demonstrar alguns problemas respiratórios. Isso acontece porque uma das características da circovirose suína tipo 2 é a presença de células epiteliais tumefeitas nas vias respiratórias, além de fibroplasia na mucosa e submucosa. Algumas doenças que podem acometer os suínos infectados são a pneumonia intersticial, que resulta em pulmões pesados, com vermelhidões e com uma textura emborrachada, e a dispneia, que causa um desconforto e dificuldade no respirar.

Newsletter Universo da Saúde Animal

Sua fonte especializada de informações relevantes sobre Saúde Animal. Inscreva-se
gratuitamente e tenha acesso a atualizações veterinárias no Brasil e no mundo.