Pecuária

Benefícios da biópsia de orelha para o diagnóstico de doenças em bovinos

4 janeiro 2022

A coleta de DNA é um procedimento importante para garantir a saúde dos bovinos. A técnica é uma das grandes responsáveis pela identificação de possíveis agentes infecciosos que podem ser fatais para o animal. Geralmente, as amostras são coletadas a partir de pelos do rabo, sangue ou sêmen da espécie, o que exige um período maior para o resultado do teste.

Com os avanços tecnológicos, é possível realizar a biópsia através da orelha bovina. Isso significa que a coleta de amostras de tecido do animal pode ser mais eficiente, rápida e econômica. Para entender os benefícios da nova técnica, reunimos em um só lugar todas as informações sobre a biópsia de orelha bovina para diagnóstico de doenças. Confira!

Coleta de DNA através da orelha bovina é mais eficaz do que o método tradicional

Realizar a coleta de amostras de tecido não precisa ser uma tarefa invasiva. Com o surgimento do sistema TST (Tissue Sampling Tag), é possível coletar o material genético pela orelha bovina em apenas alguns segundos. Para isso, basta realizar um movimento único de compressão para coletar a amostra e aplicar os brincos sem trazer incômodo para o animal. Além de permitir o mínimo de restrição à espécie, a técnica traz mais eficiência, segurança e economia para a rotina dos médicos veterinários.

Isso porque o método feito na orelha bovina oferece uma grande quantidade de DNA, o que permite uma excelente análise genética, gerando resultados de laboratório de altíssima qualidade. Na prática, o processo diminui a necessidade de retestes nos animais. A integridade e a limpeza da amostra também merecem destaque. Diferentemente de outras técnicas, a TST sela o material genético do animal em um recipiente especialmente projetado e identificado com um código de barras 2D. Ou seja, o profissional terá toda a segurança necessária para enviar a coleta ao laboratório de testes. Vale ressaltar que esse tipo de biópsia de orelha bovina também pode ser usado em ovinos, suínos e animais de caça.

Biópsia de orelha bovina pode ser usada em sorologia de BVD

A diarreia viral bovina, também conhecida como BVD, é uma das doenças mais temidas entre os produtores de gado. Extremamente contagiosa, a patologia não apresenta sintomas óbvios e tampouco um tratamento eficaz para sua erradicação. Justamente por isso, é importante manter a vacinação da espécie em dia para garantir um método de profilaxia, evitando danos à saúde do animal.

Mas, nos casos em que há suspeita da doença, as amostras podem ser grandes aliadas. Usando um Tissue Sampling Tag é possível obter uma pequena amostra do tecido da orelha bovina quando a etiqueta é aplicada. O material colhido pode ser enviado ao laboratório para análise e ajudar a identificar animais infectados com BVD.

Entenda como funciona a estrutura para biópsia pela orelha bovina

Antes de mais nada, é preciso entender que um Tissue Sampling Tag é composto por três artefatos: o aplicador, o identificador TST e a unidade de amostra de tecido. O aplicador é um alicate ergonômico que permite carregamento e amostragem de forma simples. Com a sua estrutura, é possível acessar um um sistema de corte com ação dupla que garante que a amostra seja sempre empurrada e selada no tubo de amostra.

O identificador TST oferece o emparelhamento da amostra de tecido feito na orelha bovina com os brincos de manejo, resultando uma ligação absoluta entre a amostra e o animal. Por fim, a unidade de amostra de tecido é utilizada para o armazenamento, de fato, do material genético.

Ao adquiri-los, é importante se certificar de que o teste será armazenado em temperatura ambiente antes do uso, por um período máximo de 6 meses. Além disso, é preciso ter cuidado para não expor o produto não utilizado a extremas temperaturas de calor ou frio antes da amostragem.