Suinocultura

Tudo que você precisa saber sobre erisipela

21 fevereiro 2022

O tratamento da erisipela é eficiente, mas a prevenção é a melhor ferramenta para controlar a doença

A erisipela é uma bactéria muito conhecida na produção de suínos. Nos últimos anos a prevalência da enfermidade foi baixa. Entretanto, recentemente houve um aumento da prevalência da erisipelose em suínos, inclusive em rebanhos comerciais. Erysipelothrix spp envolvem uma série de sorovares, cerca de 28, que podem acometer os suínos. Dentre eles, os sorovares 1a, 1b e o 2 são os mais importantes e mais prevalentes.

Essa doença não se limita a apenas uma fase do setor produtivo, podendo acometer animais adultos e jovens. Em rebanhos não vacinados, a forma aguda da doença causa alta mortalidade. A forma crônica, por outro lato, gera grandes perdas produtivas, tais como abortos e piora na conversão alimentar.

Sintomas da erisipela variam de acordo com a idade dos suínos

O diagnóstico está associado à presença dos sinais clínicos, isolamento bacteriano e sorotipagem. Em relação aos sinais clínicos, a manifestação mais característica da doença são as lesões cutâneas elevadas, em forma de losango. A sintomatologia também varia de acordo com a idade dos suínos (Opriessnig, Forge e Shimoji 2020). Os achados de necropsia também são muito valiosos. As lesões cutâneas são observadas principalmente no abdome, membros, orelhas e nariz e, em algumas ocasiões, com focos necróticos. É comum observar endocardite vegetativa e pulmões, baço e fígado congestos e com petequeias.

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Erisipela tem tratamento, mas prevenção é o caminho mais indicado

O tratamento com antimicrobianos, caso haja manifestação de sinais clínicos, é eficiente. Entretanto, a prevenção, como sempre, é a melhor ferramenta para controlar a doença. Um manejo sanitário, que contemple o uso de vacinação e medidas de biosseguridade, é eficaz em reduzir os casos de erisipelose.

O impacto econômico desta enfermidade é tão importante que, muitas vezes, pode comprometer a manutenção da atividade produtiva. Como a doença pode acontecer de forma silenciosa, o custo é enorme. Desde as perdas produtivas às condenações das carcaças ao abate, a erisipela pode comprometer todo o sistema de produção. Por isso, esta doença sempre atraiu atenção e está, inclusive atualmente, no “radar” da sanidade de suínos.

Referências:

Opriessnig T., Forde T., Shimoji Y. Erysipelothrix Spp.: Past, Present, and Future Directions in Vaccine Research Front. Vet. Sci., 15 April 2020

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