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4 dúvidas sobre vacina para galinha contra doença de Marek

22 dezembro 2021

A vacina mais eficaz para a doença de Marek é a aplicada in ovo

A doença de Marek é uma infecção viral e está presente em todas as áreas com criação de aves. Ou seja, tem uma distribuição global. Causada por um herpervírus, essa enfermidade compromete a saúde e o desempenho das aves, manifestando-se clinicamente  por paralisia dos membros e problemas de locomoção, perda da visão e outros problemas neurológicos. Em aves de ciclo de vida mais longo, também pode ocorrer a formação de tumores e, em muitos casos, altos índices de mortalidades. A doença de Marek é extremamente contagiosa e exige a adoção de uma boa estratégia de controle. O método mais eficiente de controle da doença é a vacinação das aves, associada a medidas de biosseguridade. Para que você entenda um pouco melhor como funcionam essas medidas de controle, buscamos responder algumas das principais dúvidas que circundam sobre as vacinas de Marek. Confira!

1. Por que a vacinação contra a doença de Marek deve ser feita no início da vida da ave?

A vacina contra a doença de Marek é aplicada no incubatório, sendo esta vacinação realizada por via in ovo (normalmente aos 18 dias de incubação), ou logo após o nascimento pela via subcutânea. Essa vacinação precoce tem como objetivo proteger as aves de uma infecção de campo pela exposição ao vírus, que pode estar presente nos aviários. São necessários aproximadamente 7 dias para que as aves possam construir uma resposta imunológica protetiva, e os desafios precoces para a doença de Marek resultam nas mais importantes perdas econômicas causadas por esta enfermidade.

2. Vacinação in ovo é mais eficaz que a subcutânea?

A vacinação in ovo é amplamente utilizada a nível mundial e se destaca por sua alta tecnologia associada, o que garante uma melhor eficácia quando comparada com a vacina subcutânea, principalmente por sua acurácia e uniformidade de aplicação. Além disso, a vacinação do embrião fará com que o processo de imunização tenha início antes de seu nascimento e do contato com os vírus de campo. Como qualquer outra técnica, a vacinação in ovo requer atenção e cuidados específicos na hora da aplicação, como a rigorosa higienização e manutenção dos equipamentos, correto posicionamento dos ovos e monitoramento permanente do processo vacinal.

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3. Como escolher a vacina contra a doença de Marek?

Existem vacinas vivas baseadas nos 3  sorotipos virais do vírus de Marek, podendo ser empregadas em diferentes estratégias de controle. Vacinas baseadas no sorotipo 1, como a Cepa CVI988, são amplamente utilizadas principalmente em aves de ciclo longo (reprodutoras e postura comercial) associadas com vacinas do sorotipo 3 (HVT – Herpes Vírus Turkey). Em aves de ciclo curto (frangos de corte) é predominantemente utilizado os sorotipo 3 (HVT) e, em casos mais específicos de alto desafio, pode também estar associado ao sorotipo 2. A vacinação é o método mais eficiente na prevenção da doença e usualmente a vacinação atinge uma proteção superior de 90% em condições comerciais.

A introdução da vacina nos sistemas de produção, no começo dos anos 1970, foi um marco fundamental para o desenvolvimento da avicultura industrial no mundo. Mais recentemente, o vírus HVT, devido às suas características, vem sendo utilizado como principal vetor para o desenvolvimento de vacinas vetorizadas, que são capazes de expressar proteínas antigênicas de outros vírus de relevância na avicultura, tais com as proteínas F (Vírus de Newcastle), VP2 (vírus de Gumboro) e gI e gD (vírus da laringotraqueíte). Essas vacinas de última geração protegem não somente contra a doença de Marek, mas também contra importantes patologias aviárias como doença de Newcastle, Gumboro e laringotraqueíte, eliminando processos vacinais adicionais e reações pós-vacinais.

4. A galinha pode contrair o vírus mesmo vacinada?

Conforme já descrito, a possibilidade de uma ave corretamente imunizada contra a doença de Marek contrair a enfermidade é muito baixa. Embora dependendo do nível do desafio e da susceptibilidade individual, algumas aves possam vir a contaminar-se, a vacinação irá reduzir possíveis lesões cutâneas e tumorais, prevenir a imunossupressão causada pelo vírus, reduzindo, assim, as chances das aves sofrerem com outros agentes infecciosos devido à baixa imunidade. Dessa forma, um bom controle da doença de Marek envolve não somente uma boa estratégia de vacinação, com boas vacinas, mas também um programa de biosseguridade muito bem estruturado.

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